O que é lifting de sobrancelhas?
Consiste na elevação e/ou reposicionamento dos supercílios, podendo ser realizada por diversas técnicas, que diferem nas vias de acesso (local, através das pálpebras, couro cabeludo, com auxílio de videoendoscopia) e objetivos.
O que a cirurgia não vai fazer?
• Não existe cirurgia sem cicatriz(es)! O que existe é a cirurgia bem planejada, com cicatriz(es) final(is) bem posicionada(s), camuflada(s) quando possível em relevos naturais da pele, atingindo resultados pouco perceptíveis.
• A cirurgia não anulará os efeitos da gravidade ou o processo de envelhecimento natural, ao longo dos anos, que levam à frouxidão e consequente descenso gradativo dos tecidos.
A cirurgia é indicada para mim?
Após a devida avaliação por Cirurgião Plástico qualificado, as melhores opções serão discutidas com o paciente, e podem ir de tratamentos não-cirúrgicos (toxina botulínica, por exemplo), até a cirurgia propriamente dita.
Nos casos de tratamento cirúrgico, há ainda diversas possibilidades de planejamento, cada uma com suas características, que deverão ser bem esclarecidas.
Quando operar
A programação da cirurgia varia dependendo do grau de ptose dos supercílios, não existindo faixa etária padrão para a indicação do procedimento.
O que esperar da consulta? Esteja preparado para discutir
O cirurgião plástico necessitará saber informações básicas acerca da saúde geral do paciente (história da cicatrização em geral; história de doenças; medicações, vitaminas ou quaisquer outras substâncias de que faça uso – álcool, cigarro, drogas ilícitas; possíveis alergias; cirurgias prévias; história familiar etc.), bem como sobre suas expectativas e anseios em relação ao procedimento proposto.
Informe seu médico sobre seus problemas de saúde
Seja sincero e não omita informações, mesmo que pareçam bobas. Os mínimos detalhes podem fazer a diferença no resultado final.
Escolha um cirurgião plástico qualificado
Todo cirurgião plástico devidamente qualificado cursou, NO MÍNIMO:
• 06 (seis) anos de graduação em Medicina;
• 02 (dois) anos de especialização em Cirurgia Geral;
• 03 (três) anos de especialização em Cirurgia Plástica (em serviço credenciado pela SBCP).
Ao final deste longo período de formação, faz-se necessária ainda uma avaliação final, englobando análise curricular + prova escrita + prova oral, para que o cirurgião possa enfim receber o Título de Especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Todos os membros da SBCP podem ser encontrados na listagem disponibilizada no site. Informe-se sobre o seu cirurgião!
Onde será realizada a cirurgia?
O procedimento deverá ser realizado em ambiente autorizado pela Vigilância Sanitária, confortável para paciente e equipe médica, podendo variar de estrutura conforme o grau de complexidade da cirurgia planejada.
Informações pré-cirúrgicas
• O médico indicará os exames necessários, que devem ser feitos até, no máximo, 3 meses antes da cirurgia. Geralmente, são incluídos uma avaliação clínico-cardiológica (risco cirúrgico) e raio X do tórax.
• Não deixe de falar com o médico sobre qualquer doença que você tenha e os medicamentos do qual faz uso.
• Nos 15 dias anteriores à cirurgia, não tome medicamentos à base de ácido acetilsalicílico (AAS), anticoagulantes, corticoides de uso prolongado ou medicamentos para emagrecer.
• O cigarro deverá ser interrompido de 15 a 30 dias antes da cirurgia. Também é recomendável não ingerir bebidas alcoólicas e comidas gordurosas na véspera da cirurgia.
• No dia da cirurgia, evite o uso de cremes faciais ou corporais, maquiagem e esmalte escuro.
Informações pós-cirúrgicas
• No primeiro dia após a alta, é necessário repouso.
• O curativo deve permanecer por um ou dois dias. Após esse período, a drenagem linfática poderá ser indicada.
• Alguma recomendações médicas: a cabeceira da cama deverá ser elevada por cinco dias; o uso de óculos escuros, bonés e chapéus será indicado por pelo menos 15 dias. A exposição ao sol deve ser evitada por 6 meses.
• Podem surgir roxos (equimose) e inchaços (edema) nas áreas operadas.
Riscos da cirurgia e informações de segurança
Todo e qualquer procedimento cirúrgico envolve riscos. Esses serão minimizados pela correta avaliação pré-operatória, planejamento cirúrgico e cuidados pós-operatórios adequados. Entre as possíveis intercorrências/complicações, podemos citar:
• Sangramento/ hematoma (acúmulo de sangue internamente);
• Infecção;
• Cicatrização ruim (hipertrofia, queloide, retrações, alterações de cor);
• Alterações de sensibilidade;
• Assimetrias;
• Reação aos produtos utilizados (fios de sutura, fitas, soluções injetáveis);
• Complicações inerentes ao ato anestésico;
• Necessidade de novo procedimento cirúrgico.
Etapas do procedimento
Anestesia:
Poderá ser local, regional, com ou sem sedação e até mesmo geral, na dependência do procedimento proposto e do risco cirúrgico do paciente. Cirurgião, anestesista e paciente deverão conversar e definir a opção mais confortável e segura para todos.
Cirurgia:
O planejamento do ato cirúrgico varia na dependência da técnica pretendida. O tratamento da região frontal e supercílios pode ser realizado por incisões que fiquem escondidas no couro cabeludo (com ou sem o auxílio de videoendoscopia), rentes à linha de implantação dos cabelos, camufladas em sulcos já existentes na região frontal, utilizando o acesso palpebral superior, rentes ao supercílio.
O tratamento completo poderá incluir ressecções/ reposicionamentos musculares e de pele, fixações com fios (absorvíveis ou inabsorvíveis), parafusos cirúrgicos e/ou outros dispositivos. Diferentes tipos de trações teciduais podem ser realizadas com o intuito de suavizar rugas frontais/ glabelares ou reposicionar supercílios.
O fechamento das incisões pode ser realizado com fios (absorvíveis ou inabsorvíveis) e grampos, e complementado com cola ou fitas cirúrgicas. Drenos poderão ser ou não utilizados.
Recuperação pós-anestésica:
Após o ato operatório, o paciente continuará sob efeito de algumas das medicações realizadas durante a cirurgia, sendo o tempo de recuperação variável dependendo do tipo de anestesia. São feitos analgésicos que, se preciso, continuarão sendo utilizados pelo paciente em caráter domiciliar, para maior conforto e controle da dor.
O tempo de internação varia na dependência da cirurgia realizada. No momento da liberação, o paciente deverá receber todas as devidas prescrições e orientações com relação aos cuidados domiciliares e data prevista de retorno para reavaliação.
Recuperação pós-operatória
Após a cirurgia, o local operado ficará sensível, dolorido, avermelhado. Poderá ocorrer eliminação de pequeno volume de líquido pela ferida ou formação de crostas (“casquinhas”), sensação de “repuxar”, dormência e algum inchaço.
Siga as orientações do seu cirurgião: evite atividades físicas que forcem o local operado, realize as trocas de curativo conforme as recomendações, faça uso das medicações prescritas corretamente, proteja a cicatriz do sol pelo tempo determinado etc.
Um resultado final de boa qualidade é fruto de adequada técnica cirúrgica + fatores orgânicos próprios de cada paciente + devido manejo pós-operatório.
Você precisará de ajuda
Converse com seu cirurgião. Dependendo do tipo de cirurgia e anestesia planejados, pode ser importante que alguém lhe acompanhe, pelo menos nas primeiras horas após o procedimento.
Resultados
A longo prazo
Toda cirurgia acarreta cicatriz(es). Dentro do possível, respeitando as características e necessidades do tratamento, as cicatrizes são planejadas de maneira a ficarem em posições que diminuam a tensão sobre seus bordos, facilitando a cicatrização, e/ou camufladas em relevos existentes na pele.
A cicatrização é um processo complexo e cheio de peculiaridades dependentes da natureza de cada um. Alterações mais (fase inicial) ou menos (mais tardiamente) aparentes continuam a ocorrer mesmo após meses da realização do procedimento. Uma cicatriz final de boa qualidade é resultado de adequada técnica cirúrgica + fatores orgânicos próprios de cada paciente + devido manejo pós-operatório.
A retirada de suturas/grampos de pele será completada por volta de 10-14 dias da operação. Geralmente, após essa fase inicial, o paciente encontra-se em condições de retornar às suas atividades diárias de rotina, com pequenas restrições.
O inchaço poderá demorar várias semanas para desaparecer por completo, bem como algumas equimoses (manchas roxas). Nesse período, produtos cosméticos/protetor solar poderão ser utilizados, mascarando feridas e protegendo áreas ainda sensíveis à radiação UV. Hábitos saudáveis e uso regular de filtro solar são fundamentais para a preservação dos resultados e manutenção de uma aparência mais jovem.
Qual o custo da cirurgia?
O custo é sempre uma consideração em cirurgia eletiva. Os honorários de um cirurgião podem variar com base em fatores como a sua experiência, entre outros.
O custo pode incluir
• Honorários do cirurgião e equipe;
• Custos hospitalares e do centro cirúrgico;
• Honorários do anestesista.
Custos extras (a cargo do paciente)
• Medicamentos prescritos;
• Malhas pós-operatórias;
• Exames médicos.
Lembre-se de que sua saúde está em jogo. O resultado do procedimento, bom ou ruim, lhe acompanhará pelo resto da vida. Procure um cirurgião devidamente qualificado e exija que sua cirurgia seja realizada em acomodações seguras. No final das contas, o barato pode sair caro.